Após a menopausa, quando ocorre a cessação do ciclos menstruais na mulher, o organismo feminino passa por muitas mudanças devido a diminuição acentuada da produção de estrógeno pelos ovários como “secura vaginal”, mudança da composição corporal com maior tendência de acúmulo de gordura, presença de “ondas de calor”, insônia, mudança de humor, dentre outros. Há ainda alguns aspectos que podem passar despercebidos como a acentuada perda de massa óssea que acontece nesse período. Para aquelas pacientes cujos sintomas vasomotores ou atróficos são constantes, ocasionando uma piora importante na qualidade de vida, está indicada a terapia de reposição hormonal. Esta deve ser realizada na ausência de contra-indicações absolutas como história prévia pessoal ou familiar (quando em parentes de primeiro grau) de câncer de mama ou endométrio, antecedente de doença cardiovascular como infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, bem como história prévia de tromboembolismo.

Existem diversas possibilidades de tratamento, sendo que a via de administração pode ser tópica (via vaginal ou transdérmica), além da via oral. Dentre essas modalidades, deve-se ainda adaptar o esquema: contínuo ou cíclico, a depender do julgamento clínico do médico. Ressaltamos que é fundamental respeitar a janela terapêutica para a introdução do tratamento hormonal que compreende o período de até 10 anos após o início da menopausa, caso contrário aumenta muito o risco de efeitos adversos com o uso dos hormônios, principalmente os efeitos cardiovasculares.

Finalmente para garantir um tratamento contínuo e seguro, é essencial o seguimento ginecológico adequado com a realização periódica de exames como mamografia e ultrassonografia transvaginal.